sábado, 24 de dezembro de 2011

Um passeio em Kimmswick

Kimmswick é uma cidadezinha de origem alemã, que fica pertinho de St Louis - algo como 40 min no máximo. A cidade é micra, tipo rua principal e umas poucas transversais e, na verdade, não achei lá muito alemã não - me senti num Theme Park, tipo na "Terra da Fronteira" do Magic Kingdom. Todas as casas da cidade foram transformadas em "lojinhas de coisas fofas", mas até que o visual estava bonitinho - o outono tinha acabado de começar, e estava tudo decorado para o Halloween.

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Além das lojinhas cuti-cuti, Kimmswick também tem um restauranta "famoso" (ok, estamos no Missouri, então é tipo assim…famous enough) - The Blue Owl ( http://www.theblueowl.com/ ). A comida é gostosinha, mas o grande lance são as tortas… deliciosas, e como tudo nesta terra, gigantescas. Comi a de pecan, always a soft spot in my heart, mas tinha de tudo… e tudo com cara boa.

Pra fechar, foto símbolo do halloween !

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No próximo post, rápida experiência gastronômica em St Louis.

Let's Go Blues !!!!

St Louis é uma cidade esportiva. Três times principais : o de baseball (o Cardinals), o de hockey (o Blues) e o de Futebol Americano (o Rams). Chegamos lá no fim da temporada de baseball, e os Cardinals meio que num golpe de sorte conseguiram se classificar para os playoffs, ficaram com a ultima vaga. Eram os azarões, e não é que levaram o título ??? Campeões da World Series, aquele campeonato mundial de baseball que só tem time dos Estados Unidos… A final foi contra o time do Texas, numa série de 7 jogos nos quais as duas últimas partidas foram jogadas em St Louis - e o jogo 6 da série foi histórico, o time do Cardinals estava perdendo o título até praticamente o último lance. Não fui a nenhum jogo de baseball porque acho chato d+, mas foi legal ver a cidade comemorando - abaixo o símbolo do time, na linha "Angry Birds" :)

00006 St Louis Cardinals

Mas peguei os inícios das temporadas de Hockey e Futebol Americano, e essas fui prestigiar. O kick off na NFL foi no dia 11/9, dez anos depois dos atentados - rolaram diversas cerimônias em todos o país, em todos os jogos, e foi bem emocionante. Na verdade, foi o ponto de mais emoção do jogo, porque o tal do Rams…digamos assim…é um horror. Ruim demais, apanha que nem cão sarnento com regularidade e é frequentador assíduo da lanterninha do campeonato. A turma lota o estádio (que é coberto, o que acho meio sem graça para futebol americano), faz aquela farofada toda com churrasco antes do jogo (tailgate), mas vão só pela farra porque pelo time não dá nem pra torcer.

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Já o hockey é mais divertido. O Blues é um time tipo "meio da tabela que apronta uma de vez em quando" - algo assim como o Botafogo :). E o jogo é muito animado, apesar de serem 3 tempos de 20 minutos com 2 intervalos de 17 minutos entre eles. Mas é aquela coisa, o objetivo é consumir - então tem que dar tempo pra turma pegar a cerveja de 10 dólares, o cachorro-quente, os nachos, aquilo tudo. Fui a dois jogos, o Blues ganhou o primeiro (de virada ! na prorrogação !) e perdeu o segundo. É aquela coisa americana de torcer de acordo com as instruções do placar (noise ! clap ! let's go blues !), mas vale a pena.

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No próximo post, um passeio a Kimmswick.

Soulard Farmer's Market

Quem acompanha o blog já percebeu que eu tenho uma certa fissura por mercados… Adoro, adoro. Adoro a ponto de acorda cedo pra ir, e isso é um desafio :)  O mais legal de St Louis é o Farmer's Market que rola no Soulard nos sábados de manhã. Pequeno, mas muito organizado, e cheio de produtos de primeiríssima qualidade, tudo vindo dos local producers - algo que é quase uma religião por aqui.

Melões e romãs...

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Cogumelos (presta atenção no portobello, que são esses com a "tampa" grandona - são di-vi-nos) e cebolas, roxas, brancas, marronzinhas…mas todas gigantes.

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Pimentas e pimentões, de todas as cores e tamanhos (participação especial de uns pepinos não previstos, mas não estava exatamente tranquilo de tirar foto, muita gente passando).

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Melancias gigantes, e abóboras minúsculas :)

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E, pra fechar, a foto símbolo do outono :)

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No próximo post, a face esportiva de St Louis !

Uma aventura na America…St Louis, MO

Durante 4 meses deste ano (de setembro a dezembro), esta ovelhinha que vos fala morou na aprazível cidade de St Louis, Missouri. Às margens do Mississipi, a 45 min de vôo de Chicago e 2,5h de vôo de NY, St Louis fica na região do midwest - que aliás, não sei exatamente pq se chama midwest…mid até é, mas fica mais pro east do que pro west ;)

É uma cidade tipo interior, meio espalhada e com bairros ligados por highways, naquelas regiões dos EUA que são plaaaaaanas até chatear, com grande influência de imigrantes e já com muitas características do sul do país - povo simpático, comida apimentada e mega calórica, coisas do tipo. Ah, e é definitivamente uma cidade com espaço sobrando - uma quantidade absurda de edifícios garagem, muitos prédios desocupados virando flat para alugar… Não é uma cidade exatamente de muitas atrações, mas é a terra do Arco, da Anhauser Busch, daquilo que é tido como o melhor pork barbecue dos States, do  toasted ravioli e dos Cardinals.

Vamos ao photo blog, começando pelo famoso arco, onde dá pra subir…mas não fiz questão não.

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Passando pelo Mississipi, onde ainda circulam para passeios turísticos as réplicas dos Ferry Boats antigos, e tirando uma foto famosa na cidade - a fonte (que volta e meia estava com a água colorida por algum motivo), a old courthouse e o arco.


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St Louis tem alguns bairros legais. Como o Soulard, onde ficavam os antigos armazéns e que hoje é cheio de bares e pubs com música ao vivo. Ou o The Hill, o bairro italiano cheio de restaurantes e delicatessens. E eles têm o Forrest Park, um parque super bonito que vi nas cores do outono, como mostram as fotos abaixo. O parque tem vários museus, e um Zoológico (gratuito) bem bacaninha.

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No próximo post, um passeio pelo Farmer's Market.

domingo, 12 de junho de 2011

Flores e Vinhos em Saint Emilion

Se em Bordeaux a cada 3 passos encontra-se uma loja de vinhos (ou de queijos, ou de queijos e vinhos), em Saint Emi encontra-se a cada 2 passos. É praticamente só que existe na cidade.







Fomos a uma delas para uma degustação (parte do tour), e o mais legal foi ver o carinha que trabalha na loja (Bastien) explicando as coisas para nós. É fantástico ver alguém apaixonado pelo que faz, e esse era o caso do Bastien. Ele descrevia, testava e nos oferecia os vinhos com um entusiasmo muito grande, sem ser pernóstico ou enochato cheio de texturas de sei lá o quê e "uma nota de suor de cavalo" ao fundo, como outros que já vi. Estava super entusiasmado pois tinha bebido na véspera uma garrafa de um vinho xpto de 1975 que era super especial, e nos apresentou uns 5 ou 6 vinhos. Fico meio tímida de dizer que o vinho mais "tranchanchan" de todos que ele ofereceu eu não curti muito não, e que na terra do Merlot os vinhos que gostei mais foram brancos ! Um seco e um mais doce, que por sinal me surpreendeu demais já que normalmente não gosto de vinho doce. Saí de lá sem comprar nada (não era meu objetivo, embora valesse muito a pena em termos de $$$, e eles despacham para o Brasil), mas foram 40 minutos divertidos.

De resto flagrantes das flores de Saint Emi. Momento primavera, ainda mais brilhante depois da degustação de vinhos :)










Nota final : para quem quiser combinar uma ida a Saint Emi com uma visita a um dos chateaux, ou para aqueles que quiserem visitar chateaux do Médoc - se for por conta própria (ou seja, sem tour), ligue para os chateaux antes. Eles só recebem com visita programada, não é só chegar lá não :). Os sites dos escritórios de turismos todos têm as informações de contato, e qualquer coisa é só mandar email - interagi com vários escritórios de turismo frances e todos foram super prestativos.

No próximo post, vamos para a Dordogne, mais exatamente para Sarlat. Mas isso depois de uma viagem de trem surreal !

Passeando por Saint Emilion

Saint Emilion (ou Saint Emi) é uma gracinha de cidade. Pequena, e disposta numa colina (sempre), cheia de ruas e pracinhas medievais. O nome da cidade já é curioso, dado que até onde entendi o tal Emilion não era exatamente um santo, mas sim um monge que chegou ali no século VIII e iniciou o comércio de vinhos na região - pelo menos foi o que a guia explicou, e a wikipedia confirma :))). A cidade inteira é patrimônio da UNESCO.




 Abaixo, as portas de entrada para as três naves da igreja monolítica, na qual infelizmente não foi possível entrar no horário em que estivemos por lá - li que o escritório de turismo local organiza tours em horários específicos. Deve ser o bicho, uma igreja inteira esculpida a partir de uma única pedra. Muito embora agora esteja um pouco prejudicada, pois tiveram que colocar ferros para sustentar o teto da igreja e evitar que ela desabe. Isto por que alguns séculos depois de pronta a igreja monolítica construíram essa torre que aparece nas fotos em cima da igreja, sem pensar no impacto que as 3000 toneladas da torre causaria. Mas aparentemente depois de muita restauração nos últimos anos, está tudo certo com a igreja monolítica.


Continuando o passeio, mais takes de Saint Emilion, suas praças e ruas... uma cidadezinha deliciosa

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E, para fechar, o visual desde o alto da cidade, com os vinhedos ao redor.




A seguir, flores e vinhos em Saint Emilion.

Rumo a Saint Emilion

Numa das nossas manhãs em Bordeaux resolvemos ir a Saint Emilion. Fica a 40 minutos de carro, e era a chance de numa única tacada fazermos uma visita a uma cidadezinha medieval e um passeio pelos vinhedos da região. Fomos no escritório de turismo e contratamos uma excursão, por coincidência organizada pela mesma empresa de turismo que contratei desde aqui do Brasil para as nossas excursões saindo de Sarlat e Toulouse - a Ophorus (www.ophorus.com). Recomendo para quem estiver viajando sem carro, como era o nosso caso. Os tours deles têm no máximo 8 pessoas, e os guias são bons. Para Saint Emilion cheguei a cogitar a ir por conta própria de trem, mas ao descobrir que a estação ficava a 2km da cidade (com imensa probabilidade do caminho para a cidade ser ladeira acima) resolvi ir no tour mesmo.

Valeu muito a pena, estava um dia bonito e fomos por estradas no meio dos vinhedos, passando por um chateau ou outro de vez em quando e aprendendo um pouco sobre os vinhos da região. Importante esclarecer que no meu caso "aprender sobre os vinhos da região" equivale a aprender qualquer coisa - muito longe de ser uma especialista, fico no branco/tinto/rosé, seco/doce, gosto/não gosto, sem muita ciência. Mas enfim, aprendi que em Saint Emillion os vinhos via de regra são blended (com mais de um tipo de uva), e mais "carregados" da uva Merlot (da qual não sou muito fã, mas corre o risco de não ter experimentado os Merlots certos :)), enquanto os da região do Médoc tem mais cabernet sauvignon em sua composição. Também aprendi que em Saint Emilion os terrenos são muito menores do que do Médoc (algo como 8 a 15 km2 contra 45 - 60km2), fazendo com que Saint Emilion tenha um grande número de chateaux. Muitos mesmo, mas bem poucos (algo como uns 11) são os the best of, sendo que somente 3 estão no top top.







Não anotei o nome do chateauzinho da foto, não era nenhum extremamente relevante em se falando de vinhos - só era pitoresco, e por isso paramos :). Sobre as rosas, uma curiosidade que eu por acaso já conhecia, mas compartilho com quem não conhece : plantava-se sempre rosas junto das vinhas porque via de regra as pragas atacam as rosas antes - ou seja, as rosas eram mais ou menos um "pelotão avançado". Hoje com toda tecnologia e cuidados ninguém mais fica dependendo das rosas, mas continuam plantando-as pela tradição. E porque, convenhamos, é bonito !

No próximo post, Saint Emilion, flores e vinhos.