domingo, 27 de dezembro de 2009

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte IX – Arredores de Zagreb : Lagos Plitvice

Com certeza um dos lugares mais fantásticos que já vi. Fiquei com um pouquinho de pena do céu não estar azul como em outros dias, mas faz parte – quem sabe não é só motivo para voltar outra vez :)

O parque nacional de Plitvice é um patrimônio da UNESCO sobre o qual tinha recebido dicas de amigos, além de ver com frequência recomendações a respeito nos meus sites favoritos. Reservamos um tour com a Zagreb City (www.zagrebcity.com), que trabalha com pequenos grupos e estava recomendada nos sites. Fomos só nós com um dos donos da empresa, Davor – muito simpático desde os emails que troquei com ele antes da viagem, e ainda por cima bem gatinho ;)

A viagem até Plitvice desde Zagreb dura entre 2h e 2,5h,numa estrada razoável – não tão boa quanto as da Eslovenia, mas razoável. Davor fez a tour conosco dentro do parque, e foi bom termos um guia – sinalização não é o ponto forte do lugar. Interessante ver que perto de Plitvice praticamente todas as casas tinham anúncio de “Aluga-se quartos” , da mesma forma que em várias partes da Croácia. É fácil fazer uma viagem barata neste país alugando um carro e dormindo em quartos alugados, para quem tem espírito.

Sobre o parque em si : são 16 lagos ao todo, divididos em duas partes principais : lagos superiores e lagos inferiores. A entrada já é apoteótica.

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Fomos subindo pelos lagos cor de esmeralda ligados por cachoeiras, até chegar ao maior dos lagos que atravessamos de barco. Sem palavras para descrever o que vimos pelo caminho, as fotos falam por si e mesmo assim não fazem justiça.

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Por lá também vimos muitas flores dessas aí embaixo, que na hora brincamos que eram as flores da febre do feno.

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Pois depois da minha visita despreparada a Plitvice entrei numa crise alérgica e respiratória complicada, que se arrastou por muitos dias e na volta ao Brasil me rendeu um tratamento punk, diploma de asmática e mudança na profilaxia. Ainda descobri que o organismo leva 3 meses (isso mesmo, MESES) para eliminar o pólen dos pulmões. Vida dura.

 

Continuando, chegamos ao lago maior e o atravessamos de barco.

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Na descida, ainda passamos por alguns lugares espetaculares até pegarmos o trenzinho que nos trouxe de volta até quase a entrada do parque.

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Ficamos cerca de 5 horas no parque, foi uma ótima caminhada. Poderíamos ter ficado ainda mais, de tão lindo. Na volta almoçamos em Rastoke, uma cidadezinha proxima e pitoresquinha, casinhas com telhado triangular e rios correndo embaixo delas, formando cachoeiras.

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte IX – Arredores de Zagreb : Samobor

Samobor foi a primeira das três viagens de um dia que fizemos a partir de Zagreb. Fomos por nossa conta, saindo no final da manhã, almoçando por lá e retornando no fim da tarde.

Primeiro cometemos a estupidez de ir a pé até a estação de ônibus. Olhando o mapa não parecia uma má idéia, mas o trajeto até lá é longo e sem graça. A estação de ônibus em si é primeiro mundo total, dá até vergonha de pensar nas nossas rodoviárias daqui. Chegamos na estação so meio-dia, e compramos o ticket para o ônibus das 12:20h. Trajeto meio catacorno, parando em várias minicidades no caminho, mas interessante – chegamos em Samobor em menos de uma hora.

Nenhuma leve indicação turística na estação de ônibus de Samobor, tivemos que ir perguntando (e fazendo mímica; em Zagreb muita gente fala inglês e bem, mas aqui era pedir muito) onde era a praça principal, para onde fomos.

É uma cidadezinha bonitinha e pitoresca, praça com casinhas em tons pastés, riozinho com ponte, igreja. Fofa, dá pra passear uma hora e se distrair. Zero comércio turístico.

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Almoçamos num restaurante chamado Pri Staroj Vuri, bem legal. Tipo chalezinho, mesas ao ar livre, fomos servidas por uma senhora muito simpática. Lombinho com molho de cogumelos (o povo aqui gosta muito de cogumelos :)) com croquetes de batata.

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Valeu o passeio para ver uma cidade pequena, simpática e almoçarmos bem.

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Duas dicas de restaurante em Zagreb

Muitos cafés, muita gente na rua, movimento… mas não vimos tantos restaurantes bons assim em Zagreb. É mais fácil achar um bom lugar para beber do que para comer aqui, e a cozinha croata não é tão pródiga assim ;). De qualquer forma, fomos a dois restaurantes muito bons, a ponto de valerem registro no caderninho de viagem.

1) Ivica i Marica (pronuncia-se Ivitza e Maritza, www.ivicaimarica.com; fica na Tkalciceva, a rua do “buchicho”) : carinha de chalé de João e Maria, é uma loja de bolos e tortas que evoluiu para um restaurante. O jantar foi sensacional, um antepasto com presunto (o presunto daqui é delicioso), salame da slavonia (slavOnia mesmo, com “o”; é uma região que fica na parte leste da Croácia), três tipos de pães e um queijo cottage fe-no-me-nal.

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Depois, strukli de queijo com espinafre e um pedaço de torta de sobremesa. Strukli é uma comida típica local, um cruzamento de rondelli/canelloni com massa folheada, muito gostosa.

2) Trologija : perto da Igreja de São Marcos, restaurante tipo chiquezinho. Almoçamos lá, muito bom. Anotei os pratos : escalopinho de vitela com molho cremoso de conhaque e shitake servido com croquete de arroz; e filé de peru com arroz pilaf servido com ratatouille regada a prosecco. Alto nível, comida fantástica e ambiente muito bonitinho.

A cerveja daqui é legal também. Não tão boa como em Praga, mas experiementei duas marcas que fizeram um ótimo papel : Karlovacko e Ozujsko. Recomendo.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte VIII – Croácia - Zagreb

Zagreb (pronuncia-se Zágreb, ênfase na primeira sílaba) é uma cidade estranha, me deixou impressões mistas. Capital da Croácia, meio metidinha a Vienna, com um povo um pouquinho besta que acha que quem vive na Dalmacia (a parte do litoral sul, para qual fomos depois) não quer nada com trabalho,

A Croácia é um país em transição, e Zagreb é a prova disso. Querem estar na União Européia (como está a Eslovênia), mas ainda não estão. Querem ser centro turístico com infraestrutura e preço de Europa Ocidental, mas ainda não estão preparados. Querem ser totalmente capitalistas, mas o espírito socialista ainda está muito presente, como viremos em algumas situações que conto a seguir. Importante lembrar que, ao contrário da turma da Dalmacia e de outras ex-repúblicas iugoslavas (como Servia e Bosnia), quem mora em Zagreb não viveu a guerra que transformou o país. É mais uma das culturas entre tantas outras por essas bandas.

Pessoalmente preferi o povo do sul – mais simpático, mas acolhedor. Mas depois de uma primeira impressão ruim aprendi a gostar de Zagreb, e valeu ter visitado a cidade.

Chegamos na estação de trem no meio da manhã, depois de 3h de uma viagem tranquila desde Ljulbljana. Depois de um certo halterofilismo de malas na estação (descer uma escada e subir outra sem uma esteririnha rolante como a que existia em Lju), fui trocar dinheiro (moeda local : kuna) e perguntar pra senhora que atendia no quisque de Informações Turísticas quanto custaria um táxi até o hotel. Resposta : é perto, vá a pé. Pacientemente, expliquei que estava carregando malas, e não era tão perto assim. Nova resposta : é perto, vá a pé. Se não quiser ir à pé, pegue o ônibus 18. Táxi custa muito caro.

Lá fomos nós a pé, uns bons 20 min debaixo de sol. Passamos por umas praças muito bonitas, a cidade é muito arborizada, mas o exercício com as malas não nos deixou aproveitar muito e confesso que por duas ou três vezes xinguei a maldita socialista da estação de trem. Fizemos checkin no Hotel Dubrovnik, pertinho do centro da cidade. Muito bem localizado, quartos ok, café da manhã mais ou menos. Cumpriu o objetivo.

O centro nervoso da Zagreb chama-se Trg Bana Jalecica, a praça principal da cidade, e principal hub para ônibus e trams. O movimento é realmente grande nos horários de rush, mas no restante do dia é bastante tranquilo.
 
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Simplificando, a parte principal de Zagreb se divide em duas áreas : a cidade superior (colina acima) e a cidade inferior. Nosso passeio pela cidade superior começou com a subida da ladeira que leva até a catedral da cidade. Chegamos por lá na hora da missa, e a catedral estava absolutamente LOTADA, muito bonita por dentro. Na foto abaixo vê-se também a torre da Igreja de Santa Maria.

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Pertinho da catedral, fica a Igreja de São Francisco, que por sinal também transbordava de gente na hora da missa. Povo muito católico.

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Virando à esquerda a partir da praça da catedral, e separado da Trg Bana Jalecica fica um dos lugares mais legais de Zagreb, o mercado – chamado por eles de Dolac. O mercado é montado e desmontado todos os dias, funciona até mais ou menos três da tarde. Além das barraquinhas com o guarda-chuva vermelho que são um dos símbolos da cidade (junto com o coraçãozinho feito de bolo de gengibre), o mercado tem também uma parte subterrânea, que vende principalmente carnes. Andar pelo Dolac é muito bacana, e ótima oportunidade para people watching e fotos.

 

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Falando em people watching, esse é um dos “esportes” preferidos em Zagreb. A cidade tem toneladas de cafés, e nessa época as calçadas são tomadas por mesas que estão sempre cheias. Como Zagreb não é exatamente um centro turístico, são os locais mesmo que lotam os cafés. Não consegui descobrir a hora em que eles trabalham, mas tudo bem. A rua “point” da cidade, com um café a cada passo, é a Tkalciceva.

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Estar num café ou em em alguns dos restaurantes de Zagreb é no mínimo curioso. Você entra, senta e…nada acontece. Se o garçom está tomando café ou fumando (e como fumam !), assim ele continuará até terminar. Servir não faz parte da cultura, e é mais um dos pontos a serem adaptados caso Zagreb queira mesmo se transformar num destino turístico. Uma vez que você tenha conseguido atrair a atenção do garçom e pedir o que quer, é bastante agradável curtir a paisagem ;)

Ainda na cidade alta passamos pela Igreja de São Marcos, cartão postal famoso da cidade.

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Uma escultura em forma de ovo ainda celebrava a Páscoa, que tinha ocorrido há algumas semanas.

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Na descida da cidade alta, bem na entrada do funicular, fica a torre com o canhão que dispara todo dia ao meio-dia. Tivemos a idéia cretina de esperar o disparo bem EMBAIXO da torre, o que deixou nossa audição prejudicada por algumas horas.

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Na parte baixa da cidade, nada muito digno de nota. Algumas praças bonitas, museus (não entramos) e um jardim botânico simpático. No próximo post, Samobor, uma cidade pertinho de Zagreb onde fomos almoçar.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Feliz Natal e tudo de maravilhoso em 2010 !

Viajar é tudo de bom !!!! É com certeza uma das minhas coisas favoritas, porque literalmente expande horizontes, derruba pré-conceitos (assim mesmo), testa limites. Renova. Mas ver tantos lugares lindos e viver tantas experiências fantásticas só faz sentido se a gente dividir isso tudo com as pessoas de quem a gente gosta.

Muito obrigada por vocês existirem.



Que 2010 nos traga novos caminhos e novas viagens ! Levo vocês sempre comigo.

PS : Ainda no período de festas retomamos nossa viagem de maio, agora chegando à Croácia.

Um esclarecimento importante…

Nota da Editora : todos sabemos que Horacia é especial. Só não imaginava que fosse tão especial a ponto de ser identificada de formas tão diferentes… vaca, urso, cachorro, macaco… até um namorado alce ela ganhou!

Ora, só porque ela é marrom ! O que a torna ainda mais rara e especial na sua espécie… Abaixo, uma foto de Horacia entre seus primos.

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O que importa, é claro, é que Horacia tem uma identidade muito própria. Não é mais um rosto na multidão. Não se mistura. É poderosa. E única.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Impressões sobre a Eslovênia

Depois de ter compartilhado tudo o que vi por lá, gostaria de compartilhar algumas impressões sobre a Eslovênia.

Em primeiro lugar, admitido que mal sabia da existência da Eslovênia antes de começar a pesquisa para essa viagem. Meu conhecimento se restringia a uma vaga noção de que a Eslovênia era uma das repúblicas que compunham a antiga Iugoslávia, e à fama de local sobre comer carne de cavalo. Decididamente nunca tinha ouvido falar da Eslovênia como um destino turístico, e o país não figurava nem na mais otimista da minha lista de próximas viagens.

Durante a pesquisa preparatória para a viagem nos meus sites favoritos (tripadvisor, fodors, frommers, lonelyplanet) volta e meia surgiam depoimentos favoráveis ao país, tantos que me fizeram dar uma chance ao local – afinal, ficava no meio do caminho entre Praga e Zagreb.

Não só não me arrependi, como recomendo a Eslovênia para todos. É um país super-fofo, pequenino e todo arrumadinho, com uma capital que parece de brinquedo (Ljubljana) e uma variedade de paisagens bastante grande em tão pouco espaço – montanhas, lagos,cavernas, litoral. Em três dias no país se vê muita coisa, as estradas são excelentes e o turismo é razoavelmente bem organizado.

É um país jovem de forma geral, e é muito curioso conversar com a geração de filhos daqueles que achavam o Tito o máximo. Eles reconhecem que talvez a ditadura fosse a única forma de integrar tantos países diferentes num só, mas ao mesmo tempo são conscientes dos absurdos que Tito cometeu em nome disso. E eles sabem que era simplesmente impossível manter a unidade num país composto por repúblicas tão diferentes e antagônicas, até na religião.

Interessante também é que muitos dos jovens que encontramos (todos da empresa de turismo, por exemplo), preferem morar no campo para fugir do tumulto da capital. Ljubljana é uma cidade de 300 mil habitantes (aperta um pouquinho e cabe no Maracanã), e muito longe de ser sequer parecida com algo tumultuado, e o campo fica a 20 minutos da cidade – como se fosse a Barra, aqui no Rio –, mas cada um sabe de si :)

Os eslovenos são também muito consciente do espaço, até porque é pouco por lá (embora mais do que suficiente para os 2 milhões de habitantes do país). Sendo assim, eles estão meio que se estranhando com a Croácia por causa dos limites da fronteira e guardam um rancor eterno dos italianos por causa de Trieste, que segudo os eslovenos lhes foi “roubada” pela Itália na 2a guerra mundial por ser um porto muito importante. Olhando o mapa realmente não parece muito certo por parte dos italianos, porque a cidade fica encravada no meio do território esloveno e seria um incremento significativo aos ridículos 46 km de litoral que eles têm.

Por fim, o astral do país é fantástico. Faz jus ao slogan de turismo deles.


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Ah, até tem carne de cavalo por lá. Mas em alguns restaurantes só, e não faltam outras opções ! Nos próximos posts, um break da nossa viagem para um esclarecimento e uma mensagem muito especial.

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte VII - Litoral Esloveno

Saímos de Skocjan por volta das 12:30h, com destino a Piran. No caminho, passamos por Lipica (pronuncia lipitza) para ver os cavalos. São os lipizzaner, aqueles cavalos que fazem aquela dancinha, meio que emblemas de Vienna. Bom, segundo os eslovenos os cavalos são daqui. Ficamos uns 10 minutinhos, não nos interessava o tour guiado dos estábulos, mas deu para ver um cavalo branco sendo treinado e também o jardim da infância com os potrinhos.
De lá fomos para Piran, uma cidadezinha parte dos 46 (quarenta e seis, não é erro) km de litoral que a Eslovênia possui. Almoçamos por lá e passeamos, tanto na praça principal como no “calçadão” local. É uma cidadezinha fofa, passamos um tempinho bem agradável por lá.

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Na volta para Ljubljana passamos em frente ao castelo de Predjama, impressionantemente cravado na montanha. Não visitamos o interior pois já era tarde e ainda por cima chovia um pouco, mas o visual é sensacional.
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No próximo post, impressões gerais sobre a Eslovênia.

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte VI – Eslovênia – Cavernas Skocjan

Outro private tour com a Roundabout, desta vez nossa guia era uma menina que foi mais motorista do que guia – mas o programa do dia não exigiu nada além disso, como se vê adiante. Encontramos a guia na praça da universidade (como no dia anterior), mas que desta vez estava apinhada de gente às 8 da manhã por conta da maratona da cidade.

Fomos direto para as cavernas Skocjan, um dos nossos principais objetivos em toda a viagem. As cavernas ficam num parque nacional, e passaram a fazer parte do patrimônio da Unesco em 1986. A viagem até o parque nacional dura 45 min, e só é possível visitar as cavernas em tours guiados organizados pelo próprio parque. Pegamos o tour das 10h (nessa época do ano só fazem às 10 e às 13h), que era composto de três grupos de acordo com a língua falada – esloveno, italiano e inglês. Nosso grupo (obviamente o falado em inglês) era o menor de todos.

Muito infelizmente não é permitido tirar fotos na caverna, então vou tentar descrever o que vi (bendito caderninho no qual fiz o diário da viagem na era pré-netbook) e ilustrar com algumas fotos do site oficial do lugar (http://www.park-skocjanske-jame.si/eng/caves.shtml).

Entra-se na caverna pela parte descoberta mais recentemente, chamada de gruta silenciosa. É toda seca, em contraste com o que veremos nas seções seguintes da caverna, repleta de estalactites e estalagmites e com uma acústica sensacional – nossa guia explicou que volta e meia rolam apresentações de corais na câmara principal desta parte da caverna.

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É bem legal e tranquilo andar nessa parte da caverna, especialmente quando conseguimos uma distância razoável do grupo de italianos à nossa frente :). Num determinando momento, começa-se a ouvir o barulho de uma cachoeira – é quando passamos à segunda seção da caverna, a primeira a ser descoberta e a última aberta ao público.

Difícil descrever, e as fotos abaixo não dão a proporção devida ao que vimos.Totalmente “Senhor dos Anéis”, mais exatamente o cenário das Minas de Moria (aquela dos anões), com o rio passando lá embaixo e nós cruzando uma ponta 45 metros acima.

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Deste ponto para frente foi tratar de subir a maior parte dos 500 degraus que enfrentamos no percurso de 3 km que fizemos na caverna. Os degraus desta parte (pra cima !) são de gente grande, e algum tempo depois nos levam até a saída – que, na verdade, é a entrada original da caverna. A partir daí, mais subida (em rampas) até o funicular que nos leva ao Information Center do parque, onde reencontramos nossa guia. O tour total leva mais ou menos uma hora e meia (um tempo razoável debaixo da terra :)), e vale cada minuto. Inesquecível.

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte V – Eslovênia – Alpes

Dia lindo, lindo. Céu azul e fomos rumo ao nosso tour para a região dos alpes eslovenos. Fizemos a reserva desde o Brasil pela Roundabout Tours (http://www.roundabout.si/), uma agência que trabalha com pequenos grupos e que estava muito bem recomendada no tripadvisor. A Roundabout é uma empresa de um cara só que contrata guias freelancers. São todos amigos, alguns trabalham exclusivamente como guias e outros têm outras atividades.

Nosso grupo era realmente pequeno (só nós !), e seguimos com nosso guia para um dia que prometia paisagens de “contos de fadas nos Alpes” e que cumpriu com a promessa !
Primeiro fomos até Bled, um lugar realmente que parece saído de um livro de estórias – um lago com uma ilha no meio (a única da Eslovênia !) na qual fica uma igreja, e uma rocha com um castelo encarapitado no alto.

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Existem barquinhos que ficam fazendo o trajeto da margem do lago até a ilha, mas pulamos essa parte. Fomos direto até o castelo lá no alto da pedra.

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O castelo em si não tem nada demais por dentro – um museuzinho muito do sem graça - , mas vale estar lá pelas paisagens alucinantes ao redor.

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De lá fomos para Vintgar Gorge, um lugar fantástico. Um rio cravado no meio das montanhas, me senti um pouco naquele filme do Brad Pitt (“A River Runs Through It”, acho que a tradução é “Nada é para sempre”).

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Percorremos a trilha de 1,6km pelas plataformas de madeira que formavam o caminho – ida e volta (ou seja, mais de 3km, mas o caminho é bem light), encontrando a cada curva uma paisagem mais espetacular que a anterior. As fotos não conseguem fazer justiça :))
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No final da trilha, como não poderia de ser, um arco-íris em uma das várias quedas d’água espetaculares que tivemos a chance de ver.
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Depois de toda a caminhada, parada para almoço num restaurante típico da região, chamado Rupa. Bem cara de chalézinho dos alpes, com um pátio e bonita vista das montanhas (a foto é do site http://www.apartmajikatrnjek.com/rupa/indexeng.html).
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Comemos um banquete ! A tal “rupa” é a forma como os eslovenos chamam os pratos que reúnem uma variedade de comidas diferentes – pedimos um que incluía galinha frita e porco ao molho de cogumelos acompanhados de batata, e ainda umas panquequinhas de queijo FABULOSAS de sobremesa.
Após o almoço, fomos para o Lago Bohinj. Outro cenário espetacular, lago, montanhas, campos – fiquei achando que a qualquer momento Julie Andrews ia aparecer cantando “the hills are alive with the sound of music…”.
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Na volta para Ljubljana passamos em Skofja Loka, uma cidadezinha medieval que para eles é algo muito especial, mas na qual na!ao achei naaaada demais. Fica o registro fotográfico, no entanto.
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No próximo post, nosso segundo e último dia de viagem pela Eslovênia, com paisagens bem diferentes das que vimos nos Alpes.