domingo, 31 de janeiro de 2010

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte XII – Hvar – Hvar Town

Hvar é o ponto alto da “vidinha mais ou menos”. Um lugar muito lindo, que ferve no verão (é um dos destinos mais quentes do momento) e também é conhecido com a terra da lavanda.

Duas ou três palavrinhas sobre a tal lavanda…Queria muito ter visto os campos cobertos de lavanda, e em algum lugar li a informação (equivocada) de que no final de maio era uma época boa, mas acabei vendo só um monte de tufos verdes.Ok, os tufos eram lavanda. Mas não era bem isso que eu queria ver, e a flores roxas só aparecem no início de julho. De qualquer forma, soubemos por lá que hoje em dia existem muito menos campos de lavanda do que no passado, simplesmente porque o turismo dá mais dinheiro…capitalismo selvagem, fazer o quê, né?

Nossa viagem de Dubrovnik para Hvar teve três partes :

1) De Dubrovnik até Split de ônibus, pela já dominada estrada do litoral. 5 horas de viagem, porque pegamos um trânsito terrível na chegada em Split. Chegando em Split, deixamos nossas malas no porta bagagem da rodoviária (garderoba), depois de um diálogo surreal com a senhora que tomava conta do local – para tudo que eu falava (e gesticulava), ela sorria muito e respondia em croata. Num ato de absoluta fé, abandonamos as malas grandes lá na esperança que conseguíssmos reencontrá-las 3 dias depois;

2) Em Split, compramos os tickets do ferry na Jadrolinija (principal empresa local) e fomos a pé até o ferry. A compra do ticket foi simples, a caminhada até o ferry nem tanto. Era longe, quase toda a extensão do pier, e debaixo de um sol de rachar.

3) A travessia de ferry em si dura uma hora. Chegamos em Hvar às 15h. Daí para o nosso hotel, o Suncani Hvar. É um super resort a 10 ou 15 minutos a pé desde o centro da cidade e do porto, mas diante do sol de rachar pareceu bem mais :)

O hotel é legal, quarto pequeno mas muito cliean, hotel grande a ponto de se perder lá dentro. Super piscina, praia particular…embaixo, a vista desde o terraço do hotel.

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A cidade é linda realmente, e é uma delícia completa ficar na praia do hotel (pedrinhas) e caminhar até à cidade com aquele mar de cor incrível ao nosso lado.

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De um lado, a fortaleza…

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… de outro, a maior parte da cidade…

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… até chegarmos à praça da cidade.

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A cidade é toda fofa, com uma parte alta e outra baixa, ligadas por escadarias. E cheia de perspectivas interessantes.

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Algumas dicas de restaurante :
- Pizzaria Kogo, na praça principal. Pizza muito gostosa.
- Pizzaria Mamma Leona, na Riva (a rua do porto). Não comi pizza, mas sim um spaghetti napolitano muito gostoso.
- Luna : numa ruazinha que sai da praça principal à esquerda de quem olha para a igreja. Lula grelhada, arroz e croquetes de batata. Delícia.
- Dordota Raval : fica no final da RIva, pertinho da igreja da ponta. Um terraço muito agradável, comemos risoto de lula (pra variar), uma delícia. Estava rolando um almoço com uma família enorme, acho que era aniversário de um velhíssimo que chegou lá de andador, todo contentinho. Bonito de ver, assim como a vista da nossa mesa.

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Para terminar, vistas da praça principal de Hvar a partir da parte alta da cidade, e algumas cenas do pôr do sol. Por sinal, na alta temporada rola um passeio de barco para ver o pôr do sol do mar – deve ser um espetáculo !

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É como eu dizia : ô vidinha mais ou menos…

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte XI – Excursões a partir de Dubrovnik - Korcula

Outro dia de passeio com Anton, nosso super-motorista. Desta vez fomos à ilha de Korcula, numa viagem que começou pela mesma estrada do litoral pela qual fomos para Mostar e depois entrou pela península de Peljesac, uma região vinícola muito bonita, e muito montanhosa – vinhedos montanha acima, com cada espacinho sendo aproveitado.

Depois de passar pelos vinhedos, parada técnica em Ston, cidade famosa pela sua antiga muralha, muito bem preservada.

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De lá fomos a Orebic, de onde pegamos o car ferry para fazer a viagem de 15 min para Korcula. Abaixo, Orebic vista do ferry…

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… e nossa primeira visão de Korcula Town a partir do ferry.


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Enriquecendo a cultura inútil de todos : Korcula se escreve com um circunflexo ao contário em cima do “c”, o que equivale em som a “tx”. Pronuncia-se Kortxula, portanto.

Korcula Town é muito bonitinha, as fotos falam por si… mais um lugar da série “ô vidinha mais ou menos”…


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A nota desfavorável ficou por conta da praia de Lumbarda. É uma praia famosa não só em Korcula como também em toda a Croácia. De longe é até bonita, um arco de praia de areia (coisa nada comum nessas paragens) numa enseada. Já de perto…detestei. Areia escura e pedras, mas o pior era a quantidade de lixo, tanto na água como na areia.

Mas fora esse detalhe, foi ótimo ter ido à Korcula ! Na alta temporada (meio de junho até fim de agosto) é mais fácil visitar Korcula a partir de Hvar, pois as linhas de ferry são bem frequentes.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte XI – Excursões a partir de Dubrovnik – Mostar, Bósnia

Ir a Mostar era uma das coisas que mais queria fazer nessa viagem. Foi um lugar que logo me chamou atenção quando comecei as minhas pesquisas prepatórias.

Mostar fica na Bósnia (mais um país para o caderninho !), e eu tinha muita curiosidade de ver pelo menos um pouquinho do lado muçulmano da ex-Yugoslavia.

Fomos num domingo, e de táxi !!! Na verdade, perguntamos ao motorista que nos trouxe do aeroporto para Dubrovnik (Anton, um senhor muito educado e solícito) se ele topa ficar por nossa conta durante dois dias, onde faríamos viagens de dia inteiro. Ele topou, combinamos um preço e assim foi – precisamos do Marc (o dono do apartamento) para combinar a logística detalhada porque o inglês de Anton é mais do que rudimentar, mas daí pra frente tudo correu bem.


Saímos de Dubrovnik cedo, tipo 8h, e chegamos em Mostar pouco depois das 10. A passagem pela fronteira é engraçada, pois acontece duas vezes : como vamos pelo litoral (visual liiiiiindo), e a Bósnia tem um micro-pedacinho de litoral, sai-se da Croácia, anda-se o referido pedacinho bósnio e retorna-se para a Croácia; só depois, já no interior, é que entramos na Bósnia de vez. Tanta fronteira e – decepção – nem um carimbinho no passaporte :(

Mostar é muito bonita, cortada por rio espetacular, muito verde, em cima do qual está construído o principal símbolo da cidade – a ponte antiga.

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Esta ponte foi completamente destruída na guerra Croácia-Bósnia nos anos 90, e depois reconstruída com as pedras originais resgatadas do fundo do rio. As lembranças da guerra estão em vários lugares da cidade, como numa exposição fotográfica numa instalação da prefeitura e na própria ponte.

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O dia estava lindo, mas o sol quente demaaaaaais, e a cidade muito cheia de turistas. Subimos a rua principal driblando as lojinhas de souvenir, nas quais comprei poucas coisinhas – um burrico muito fofo, um imã de geladeira (Bósnia Hezergovínia,como não comprar) e uma camiseta com o símbolo abaixo, muito apropriado para o lugar e que por tabela me lembra o Bono (aiai).
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Subindo a rua, ótimos visuais para fotos…


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Para finalizar nosso passeio a Mostar, almoço num restaurante muito agradável chamado Radolbolja, que tem um terraço arborizado na rua principal. Dá para fugir do tumulto, e a comida estava ótima – um prato típico chamado cevapi, um primo da kafta com arroz, fritas e cebola, com uma Sarejevsko (a cerveja local) para acompanhar. Gostei muito da cerveja, mas vamos combinar que com o calor que fazia meu paladar não estava lá muito seletivo :)

Na volta de Mostar, Anton (o motorista) insistiu muito em nos levar a Medugorje, o santuário onde seis adolescentes viram a Virgem Maria nos anos 80. Não fazíamos questão de ir, mas ficava a meia hora de Mostar e o motorista disse que valia a pena, então fomos. Gostei, um lugar não especialmente lindo, mas com uma aura muito boa. Não fosse o calor àquela hora (3 da tarde), a experiência teria sido melhor. Mas já que estávamos tão perto, foi bom ter ido.

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte XI – Excursões a partir de Dubrovnik - Cavtat

Fomos duas vezes a Cavtat, uma cidadezinha próxima a Dubrovnik onde boa parte dos turistas se hospeda – como já contei, são poucos os lugares para ficar dentro da cidade antiga, e em Cavtat ficam os grandes hotéis tipo resort.

Pode-se ir a Cavtat de ônibus ou num barquinho que faz o trajeto em 50 minutos. Demora mais que o ônibus, mas é mais legal e mais fácil. Só chegar no porto e se vê várias “linhas” – como fomos fora da alta temporada, os barcos são menos frequentes, mas mesmo assim têm uma regularidade razoável.

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Nas duas vezes fomos lá para almoçar e para ir à ”praia”. Praia é forma de dizer, porque na verdade eram pedras com uma escadinha que dava no mar. Mas dava pra minhocar no sol nas pedras, e deu para cair na água (geladíssima) do Adriático !

Masa cidade é bonitinha de ver, com uma promenade muito gostosa de se caminhar, vários iates poderosos atracados.

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Nas duas vezes pegamos o barquinho das 11 para ir e o das 3 da tarde para voltar, o que foi muito bom já que é nesse horário que Dubrovnik é “atacada” pelo pessoal que vem com os grandes navios de cruzeiro.

Duas recomendações de restaurante, ambas no final da promenade, quase na rodoviária : Konoba Kolona e Konoba Torany. Nos dois comi o que se tornou meu prato favorito na Dalmácia : lula grelhada com batatas e blitva, o tal verdinho primo da bertalha do qual já falei. Em tempo : konoba é um restaurante mais simples, tipo familiar.

Enfim, sol, mar, temparatura agradável, comida gostosa, cidade tranquila…ô vidinha mais ou menos…

domingo, 10 de janeiro de 2010

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Dubrovnik – Comendo & Bebendo

Bom, antes de mais nada : nenhum atrativo especial na culinária daqui. Frutos do mar são “oficialmente” o ponto forte, mas achei tudo meio regular, pelo menos em Dubrovnik. Também falam muito dos sorvetes locais, mas achei uma tentativa mal sucedida de imitar sorvetes italianos.

Aliás, a culinária da Dalmacia como um todo é muito próxima da italiana. A melhor pedida foi o que fizemos na maioria dos dias : de manhã cedo íamos até a pracinha, onde tem uma padaria, um supermercado (Konzun, nosso melhor amigo na Dalmacia) e um mercado de rua. Lá compravamos um sanduíche para o café da manhã (queijo, presunto, salame) e coisas como spaghetti, tomates frescos, azeite local, blitva (uma verdurinha local prima da bertalha, deliciosa), morangos… e cozinhávamos no nosso apartamento mesmo ! Os tomates e azeite são muito bons.

Além disso, duas dicas :

1) Comemos uma pizza muito gostosa na Pizzaria Oliva, um lugar muito bonitinho numa travessinha da rua principal. Um dia comemos lá, em outro levamos para comer no apto.

2) Buza Bar. Tinha lido sobre ele nos meus sites de pesquisa, é o “segredo” mais conhecido de Dubrovnik. São dois “Buza Bar”, os dois com o mesmo princípio : a entrada é por um buraco na muralha, sem letreiro chamativo nem nada – só uma plaquinha onde se lê “cold drinks”.

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O bar é organizado em vários níveis e só serve cold drinks realmente. Não importa o que você escolha pra beber…afinal quem se importa com a bebida com um visual desses ?

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No próximo post vamos à “praia” em Cavtat.

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte X – Dubrovnik – A Pérola do Adriático

Programa obrigatório em Dubrovnik é dar a volta nas muralhas que cercam a cidade inteira. Obrigatório porque é extraordinário e inesquecível, e a melhor forma de ver a cidade. Fomos duas vezes, no primeiro e no último dia.

São 2 km de muralhas, alguns pontos razoavelmente mais altos do que outros. Fomos logo cedo pela manhã, no primeiro dia o tempo estava mais ou menos, mas no segundo o céu era completamente azul.

São vários pontos de entrada nas muralhas, e caminha-se num único sentido. Tem uma entrada pertinho do nosso apartamento, e andando só um pouquinho na muralha já se tem uma vista linda do porto.

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Mais um pouco e aí o "símbolo” da cidade, o visual dos telhadinhos cor de laranja – que agora são mais cor de laranja do que costumavam ser, já que a enorme maioria foi reconstruída depois da guerra.
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Dubrovnik (assim como toda a região da Dalmacia) sofreu muito com a guerra, e foi bombardeada pelos sérvios em 1991-92. Patrimônio da UNESCO ou não, a cidade antiga foi duramente atacada, mas está totalmente recuperada hoje em dia.

Continuando até a fortaleza de Bokar…

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… passando por um dos monastérios da cidade (em foco, o claustro)…

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… por prédios com varandas decoradas (em alguns outros casos, com varais de roupa penduradas)…

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… até a Fonte de S. Onofre, outro símbolo da cidade próximo ao outro portão de entrada (Pile Gate).

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Descendo das muralhas, outro lugar legal de passear é a rua principal da cidade. O chão é de pedra (assim como todo o resto da cidade), mas de tão gasto é lisinho, com um aspecto de que está sempre molhado. A rua principal liga o Ploce Gate ao Pile Gate.

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Dá para ver na foto uns passarinhos voando. Dubrovnik é entupida deles, e eles fazem um barulhão – parecem que brigam uns com os outros o tempo todo. Mas também são eles que deixam a cidade livre de mosquitos, então tudo bem.

Para encerrar, uma foto da cidade antiga vista da estrada. Ao fundo, a ilha de Lokrum, onde o povo vai à praia.

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Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte X – Dubrovnik – O Apartamento

Nossa chegada em Dubrovnik foi tranquila, por volta das 23:00h depois de um bom vôo com a Croatian Airlines vindo de Zagreb. Pegamos um táxi até a entrada das muralhas da cidade antiga, onde Marc foi nos receber.

Explicando quem é Marc : conhecer Dubrovnik era o ponto principal desta viagem. Já tinha lido muito e visto muitas fotos desta cidade extraordinária, conhecida como a “pérola do Adriático”. Na preparação para a viagem terminei decidindo usar Dubrovnik como base para explorar essa área da Dalmácia, de forma que nos organizamos para passar 6 noites lá. E “lá”, para mim, tinha que ser na cidade antiga. Dentro das muralhas.

A imensa maioria dos hotéis de Dubrovnik fica fora das muralhas, na parte moderna, de forma que procurei formas alternativas de acomodação. Foi quando achei o Marc numa matéria do “The Guardian” (www.guardian.co.uk – a seção de viagens é FA-BU-LO-SA). Marc van Bloemen é dono (junto com a mulher, Silvia) de um edifício dentro das muralhas, o Karmen Apartments (http://www.karmendu.com/html/conip.htm). Marc e a família moram no último andar, os pais dele num apartamento com varanda (e uma vista extraordinária !) no 3o andar e ele aluga os outros 4 apartamentos. Ficamos no apartamento 2, uma fofura – fica no 2o andar, tem 2 quartos, saleta, banheiro, cozinha e um balcãozinho. Bonito, funcional e muito limpo.

Abaixo, o prédio visto das muralhas – é o de janelas verdes, colado no prédio rosa.

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No caminho desde o portão a partir do qual entramos na muralha (Ploce Gate) até o apartamento, Marc nos contou a estória de como ele veio parar em Dubrovnik. Ele é inglês, filho de um holandês e de uma inglesa que tinham uma coffee shop de bastante sucesso em Londres no final dos anos 60 / início dos anos 70. Em 1972 resolveram largar tudo e ir para a então Yougoslavia, atrás de sol e sossego, e acabaram em Dubrovnik. Depois de quase 2 anos tentando fazer a vida por lá, decidiram voltar para Londres. Mas Marc resolveu ficar, e ficou – com 13 anos ! Pela conversa deu para ver que é um cara idealista, um pouco saudosista, extremamente decepcionado com a dobradinha ganância / desperdício perpetuada pelo capitalismo.

Todo o meu contato com o Marc para reserva do apartamento foi por email – mandei o equivalente a uma diária para ele antes de irmos, e paguei o restante lá. Um preço bem razoável, para uma estadia 99% perfeita. O 1% fica por conta de algo que não previ – ácaros e o risco que um apartamento alugado (especialmente numa cidade antiga) representa para alérgicos. Some-se esses ácaros (tão milenares como as muralhas de Dubrovnik) com o pólen das flores de Plitvice Lakes e…tremendas crises de rinite ! Fora isso, tudo sensacional.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Retrospectiva Viagem Maio/09 – Parte IX – Arredores de Zagreb - Varazdin

Varazdin é conhecida como a “cidade barroca” na Croácia. E é uma fofura, toda bem cuidada e lindinha. Tem todos os “clichês” de fofice :

Igrejinha...

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…praça principal…

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…ruazinhas estreitas…

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… detalhes bonitnhos…

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… e um castelo no final.

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É fofo ou não é ? :)