domingo, 12 de junho de 2011

Comendo e Bebendo em Bordeaux - Dois "snacks" e um banquete !

Desnecessário dizer que em Bordeaux come-se muito bem e bebe-se melhor ainda, certo ? Além das inúmeras lojas de queijos e vinhos e delicatessens em geral, encontra-se algumas surpresas como esse nada franceses (mas deliciosos) scones de queijo, numa casa de chá muito simpática no fundo de uma galeria.


Ou, ainda, uma galette sensacional, de salsicha defumada, mostarda ancienne (a escura) e queijo emmental, que comemos numa creperie super charmosa chamada La Fromentine (4, rue du pas saint georges) , pertinho da place du Parlement Saint Pierre. Galette, pra quem não sabe, é basicamente um crepe salgado só que via de regra leva farinha de trigo integral na massa.


 Mas, lógico, ainda faltava "a" grande refeição. Então lá fomos nós almoçar no La Tupina (http://www.latupina.com/pages-en/index.php), que nas minhas pesquisas antes da viagem apareceu como um dos melhores restaurantes da cidade, e uma ótima introdução à cozinha do sudoeste da França.


Fomos no almoço atrás do prix fix menu, que, garantiam as reviews todas que li, nos permitiria um verdadeiro banquete a um custo razoável. Como não tínhamos reserva, chegamos cedo, e tudo deu certo.O ambiente é super gostoso (vejam as fotos no site), o atendimento 10, e a comida nem te conto... fui num menu que acho que custou 35 euros (tinham outros mais em conta), três pratos e três taças de vinho pra harmonizar - MA-RA-VI-LHO-SO. Vamos aos detalhes...

Abrindo os trabalhos, a vedete da culinária desta área do país - o totalmente ecologicamente incorreto mas fantasicamente delicioso foie gras. Delicia, junto com a primeira tacinha de vinho - não reclamem, mas não fiquei anotando nome do vinho, sorry. Me entreguei nas mãos da menina que nos atendeu, e ela trouxe o que achou melhor para cada prato. E, devo dizer, acertou na mosca em todas as escolhas.

 
2o round, confit du canard. Aqui cabe uma explicaçãozinha, pois eu mesma me familiarizei com o referido confit só nas preparações pra viagem. Nunca fui fã de pato, sempre que comi tinha a sensação que era um frango que não tinha dado certo, uma carne dura... Mas como sempre (ou quase sempre) que viajo, me desprendi dos preconceitos todos (ou de quase todos) no aeroporto, e resolvi experimentar de novo. O tal confit é o seguinte : coxa de pato marinada no tempero e cozida lentamente na própria gordura do pato. Lentamente mesmo, tipo 2 ou 3h porque a gordura não pode ferver. Depois de cozida, coloca-se a coxa num potinho com a gordura junto, e geladeira - por vários dias. Aqui tem uma explicação mais, digamos, precisa do processo todo para quem se interessar : http://www.thecitycook.com/cooking/advice/general/000032.


O confit estava um espetáculo, tenro, super saboroso. Logicamente é uma tonelada de gordura (assim como o coleguinha foie gras, né ?) e para mim é um dos maiores exemplos do tal "French Paradox" : como podem os franceses comerem tanta gordura e ainda assim são terem uma alta incidência de doenças coronárias ? Deve ser o vinho :)

Pra fechar, um gateau de chocolate divino, que ficou ainda melhor com o vinho que veio junto.


Um almoço que durou algumas horas, e foi inesquecível. Próxima parada, Saint Emillion.

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