Karnak e Templo de Luxor (11/10)

Depois de um "intervalo" entre 12:30 e 15:30h, voltamos para a nossa vida de exploradores. Fomos para Karnak, um complexo de templos que foi sendo expandido ao longo de 1300 anos. Um dos que mais contribuíram para a expansão de Karnak foi...adivinhem...Ramses II, o Maluf do Egito ! E ao expandir Karnak o que ele fez ??? Adivinhem....colocou um monte de estátuas dele próprio. O lugar é maneiríssimo, muito embora só possamos visitar o Templo de Amun, o principal dos templos do complexo.

Entrar em Karnak é emocionante para mim, por causa de Morte no Nilo. Quem viu o filme lembra bem que eles param por lá com o cruzeiro, e que é em Karnak que ocorre um evento importante antes do crime central. Quem não viu o filme, veja, a menos que deteste Agatha Christie. Não é todo dia que se vê Maggie Smith, Bette Davis, Angela Lansbury, David Niven, Jane Burkin e Mia Farrow num mesmo filme, a estória é ótima (para mim é um dos melhores livros dela) e o Hercule Poirot do Peter Ustinov é sublime. Mesmo pra quem já conhece a estória vale a pena.

Logo na entrada, a avenida das esfínges, todas representando o deus Amun Ra - corpo de leão e cabeça de bode (o bode é uma das representações de Amun Ra). O templo estava lotado na hora em que chegamos, e olhar a "rua" (não é rua, mas não sei o nome técnico) que corta o templo na vertical chega a ser um pouquinho deseperador, pessoas transbordando. Me vem o cecê da manhã à mente, mas a vantagem é que estamos num lugar aberto e que agora o sol já tá comportadinho.

Entramos, e no pátio antes do segundo portão começamos a ver as gracinhas do sr. Ramses II, incluindo um colosso no qual ele foi gentil o suficiente de incluir a tão amada rainha Nefertari - pequenininha, e entreas pernas dele, mas incluiu.

Nesse pátio também há uma esfínge com a cara do Tutankhamun, um item importante por ter sido a única coisa que o faraó menino teve a chance de construir. Caso alguém esteja preocupado, até aqui está tudo bem - saímos nuns tapas ocasionais com outros turistas para tirar fotos, e temos que nos resignar quanto ao fato de que nossas fotos vão incuir monumentos, espanhóis e japoneses, mas tudo beleza.

O ambiente seguinte é o meu favorito, o hall com as colunas todas - são 134 no total, e a disposiçao e decoração delas é algo mágico. É impressionante de olhar, e realmente nos sentimos pequeninos diante daquilo tudo. Tô me sentindo mais Agatha Christie do que nunca, caminhando entre as colunas de Karnak.

O pavilhão seguinte tem...adivinhem...mais estátuas do Ramses II :). Mas é lindo.

E atrás do pavilhão tem uma coisinha que achei muito legal. Os templos também eram usados com outras funções, às vezes como hospitais, outras como sanatórios e outras ainda como escolas. Pois numa parede deste templo vemos uma aula de matemática para o primário deles. O palitinho é 1, a ferradura é 10 e o desenhinho que parece com uma orelha é 100. E se você for somando na vertical vai ver que os totais batem certinhos.

A última curiosidade de Karnak são os obeliscos. Não sou exatamente uma fã de obeliscos mas respeito a importância. Me irrita um pouco o fato da maioria deles estar fora do Egito, mas tudo bem. Em Karnak temos dois e meio. Dois inteirinhos, bonitinhos. E o terceiro quebrado, se partiu em dois com o tempo. Esse quebrado era o obelisco de Hapshepsut, e é claro que o Tuthmosis III tinha que ir lá mexer com o obelisco. Ele não partiu o obelisco, pois seria ir contra os deuses, mas sim construiu algo em volta da base do obelisco, tampando todas as cartouches que tinham o nome da Hapshepsut. Criativo, o vingativo.

Saímos de Karnak às 17:30h e fomos para o templo de Luxor. Foi bonito ver o templo à noite, mas não achei nada de espetacular comparando com tudo que já vimos por aqui. Mais colossos do Ramses II, e de marcante mesmo só a avenida das esfínges que nos tempos antigos se juntava com a de Karnak. Muito bonita, gostaria de ter visto de dia, mas acho que vai ficar pra próxima. Voltamos para o barco, jantar, e organização de blog e fotos, amanhã acordamos às 6 de novo.