Salamanca - A Universidade e os conventos

Começando pela universidade, que parece ser realmente o centro da vida em Salamanca. Foi fundada em mil duzentos e pouco, e uma boa parte do centro histórico de Salamanca é ocupada por prédios da universidade - é uma faculdade de veterinária aqui, outra de geografia ali, outra de filologia (éééé, neguinho não é fraco não !).

A fachada principal é linda, toda entalhada, e tem uma brincadeirinha - em algum lugar desse monte de detalhes tem um sapinho. Dizem que achar o sapinho é trote para todos os estudantes, e achá-lo é sinal de que vai tudo correr bem nos estudos. Naturalmente que a estória já foi ampliada e agora achar o sapinho é sinal de sorte para qualquer um em qualquer coisa, de forma que procurei o tal sapinho até achar. De verdade, saí um pouco em dúvida se o que eu tinha achado que era o sapo era o dito cujo mesmo, mas depois confirmei.

Pagando um ingressinho (coisa de 4 euros, acho), entra-se na universidade. Achei a visita válida, passamos por várias salas de aula de épocas diferentes e deu até para tirar uma casquinha da biblioteca - pelo vidro, mas só de pensar nos ácaros todos que habitam aquela livraria de mais de 500 anos, até que não achei ruim.

Por fim, foto rápida na Universidade Pontifícia.

Da universidade, fomos visitar dois dos conventos (existem muitos, impressionante!) existentes em Salamanca. Primeiro o de San Esteban, enorme e muito bonito, por fora e por dentro (paga ingressinho, mas o claustro vale a pena).

Detalhe meigo : o telhado do convento é cheio de ninhos de cegonha, que nem a muralha de Ávila :)

No pátio da entrada do convento, uma vista show da catedral.

Saindo do convento de San Esteban, seguimos as plaquinhas para o convento de las Dueñas, as freiras dominicanas. O objetivo não era exatamente visitar o convento (nem tem como, as freiras ficam enclausuradas), mas sim comprar os docinhos feitos pelas freiras e que são famosos por ali. Compramos os amarguillos, especialidades da casa : meio biscoito, meio bolinho, e de amêndoas - muito bom.

Mas o interessante é o processo de compra. Você entra no convento (cuja entrada é muito bem sinalizada ao longo do caminho) e vê a tabelinha aí embaixo ao lado de uma janelinha com grades e fechada com tipo um pano. Aí pensa : pronto, as danadas das freiras fecharam mais cedo, e fica olhando pra janelinha com cara de pateta. Aí do nada - mas do nada, juro - aparece um freira dentro da janelinha: "Quieren comprar dulces ?". E já recomenda o amarguillo, fala o preço da caixa grande e da caixa pequena e pede se possível dinheiro certinho. Meio folclórico, e bonitinho.

Me misturando à população local :)

Nos próximos posts, Comendo & Bebendo em Salamanca : mercado, jamón...e o pecado !